sexta-feira, 1 de março de 2013

21 SEGREDOS QUE O SEU CIRURGIÃO NUNCA LHE DIRÁ


Eles abrem-nos, extraem tumores, moldam-nos as coxas e dão-nos ancas e rins novinhos em folha.
By Michelle Crouch
 
Eles abrem-nos, extraem tumores, moldam-nos as coxas e dão-nos ancas e rins novinhos em folha. No entanto, e apesar do facto de os cirurgiões terem a nossa vida nas mãos, sabemos mais sobre a pessoa que nos corta o cabelo do que sobre a que nos corta os corpos. Sabia, por exemplo, que a maior parte dos cirurgiões são pagos com base na quantidade de cirurgias que realizam, ou que é melhor ser operado à quinta do que à sexta-feira? Use estas dicas e torne-se um paciente mais esperto e mais saudável.
 

 
Escolha o melhor médico
1. «Para saber que médicos são realmente bons, é perguntar ao pessoal do hospital. A sua palavra vale mais do que muitos graus académicos prestigiantes e charme.»
Marty Makary, médico, autor do livro Unaccountable: What Hospitals Won’t Tell You and How Transparency Can Revolutionize Health Care [«Inconfessável: o que os hospitais não lhe contam e como a transparência pode revolucionar o setor da saúde»]

 
2. «Não parta do princípio de que a recomendação do seu médico de família é a melhor. Ele pode só o estar a encaminhá-lo para colegas da mesma equipa multidisciplinar.»
Howard Luks, médico no Centro Médico de Westchester e na Universidade Orthopaedics, Nova Iorque

 
3. «Peça para falar com antigos pacientes. É como pedir referências de uma babysitter!»
Marc Gillinov, médico, autor de Heart 411: The Only Guide to Heart Health You’ll Ever Need [«Coração 411: o único guia para a saúde do seu coração de que alguma vez precisará»]

Isto é mesmo necessário?
4. «Há problemas que não ficam bem resolvidos com cirurgia, como sejam muitos casos de dores nas costas. O meu conselho? Cerre os dentes e aguente. Há cirurgiões que discordam veementemente. Dizem: “Você tem uma degeneração num disco, deve ser isso que lhe causa a dor. Vamos operar.” Só que há muita gente com discos degenerativos que não tem dores. Não há muitas
provas de que a cirurgia ajude.»
Kevin B. Jones, médico, autor de What Doctors Cannot Tell You: Clarity, Confidence and Uncertainty in Medicine [«O que os médicos não lhe podem dizer: clareza, confiança e insegurança na medicina»]

 
5. «O seu médico não deve obrigá-lo a tomar nenhuma decisão apressada quanto a uma cirurgia para tratar cancro da próstata. Muitos dos cancros na próstata têm um crescimento muito lento e muita da informação que se divulga é contraditória, por isso há que pensar com calma.»
Bert Vorsman, médico, Coral Springs, Florida

 
6. «Pergunte sempre por opções não cirúrgicas e se há possibilidade de esperar um pouco. Os cirurgiões são gente ocupada e que gosta de operar.»
Kevin B. Jones, médico

 
Antes de ir à faca
7. «Pergunte sempre: “Quem é que, depois da cirurgia, toma conta do meu caso?” A resposta que se pretende é: “Eu vou acompanhá-lo até estar completamente restabelecido.” É que, por vezes, ninguém o segue, especialmente depois de ter tido alta hospitalar.»
Ezriel “Ed” Kornel, médico, Universidade de Cornell, Nova Iorque

 
8. «É preferível ser submetido a uma cirurgia planeada no início da semana, porque há muitos médicos que saem de fim de semana e não estarão lá para saber se está tudo bem consigo. Se a operação for numa sexta-feira e no sábado ou no domingo a costura infetar, será visto por alguém que está a substituir o seu cirurgião.»
Cirurgião-geral que assina, na blogosfera, como «Bisturi Cético»

 
9. «É impressionante a forma como as pessoas podem ser diligentes no que toca à procura do cirurgião certo, mas não fazem a menor ideia de quem é o anestesista, o que é igualmente importante. Por isso, pergunte: “Quem é que me vai pôr a dormir?” Ou então pergunte-me a mim quem é o melhor anestesista. Em alguns hospitais, pode-se requerer determinada pessoa.»
Cirurgião-geral que assina, na blogosfera, como «Bisturi Cético»

 
10. «Há alguns anos, um paciente mandou os seus exames a três diferentes patologistas e, na volta, recebeu três respostas diferentes. Fiquei muito aborrecido ao saber isso. Agora, nunca confio apenas num exame patológico. Se o seu médico descobrir alguma coisa, peça-lhe que envie os seus exames para um laboratório de referência reconhecido nacionalmente – não apenas um ou outro dado do exame, mas o exame todo – para uma segunda interpretação.»
Bert Vorstman, médico

 
11. «Proponha ao seu médico doar sangue ou peça a membros da sua família para o fazer antes de uma cirurgia programada. O sangue proveniente dos bancos de sangue é uma substância estranha, tal como um órgão, e o seu corpo pode, potencialmente, ter reações adversas. Se puder usar o seu próprio sangue em transfusões, ou o sangue de alguém da sua família, há menos riscos de rejeição.»
Kathy Magliato, médica, Centro Médico de Saint John, Califórnia

Não corra riscos depois da cirurgia
12. «A única forma de perceber o que aconteceu dentro da sala de operações é ler as notas ditadas pelo cirurgião. Se houver perguntas sem resposta sobre a sua operação, peça acesso ao relatório.»
Paul Ruggieri, médico, autor de Confessions of a Surgeon: The Good, the Bad, and the Complicated... Life Behind O.R. Doors [«Confissões de um cirurgião: o bom, o mau e o complicado... a vida atrás das portas da SO»]

 
13. «Se tiver dores na barriga da perna após uma cirurgia, ou se a sentir inchada ou vermelha, ligue imediatamente ao médico. É que estes são os principais sintomas de um coágulo de sangue, o que é um risco após qualquer operação.»
James Rickert, médico, Bedford, Indiana

 
14. «O que nos mantém acordados toda a noite? Não é a possibilidade de cometermos um erro numa cirurgia, são os doentes que não seguem o tratamento. Quando os doentes não fazem o que lhes mandam, acontecem coisas más.»
Kurian Thott, médico, Stafford, Virginia

Cirurgias ao coração: esteja informado
15. «Se eu tivesse algum problema de saúde grave, recorreria a um hospital universitário. Lá encontram-se médicos que estão a par dos mais recentes avanços na medicina. Mesmo para casos mais simples, se existir uma complicação que exija um dispositivo de assistência ou um transplante de coração, há hospitais que não o conseguem fazer. Um hospital universitário tem também
a vantagem de ter um residente ou um médico presente 24 horas por dia, sete dias por semana, com um cirurgião sempre de plantão.»
Tomas A. Salerno, médico, Faculdade Miller de Medicina, Universidade de Miami, Florida

 
16. «Se o seu médico lhe quiser pôr um stent pergunte sempre: “É melhor do que medicação?” Estudos demonstram que, se não estiver a ter um ataque cardíaco ou uma angina instável, dar-se-á tão bem com um stent como com medicação. E ter um objeto permanentemente implantado no corpo não é isento de riscos. Está comprovado que há milhares de pessoas com stents sem precisarem verdadeiramente deles.»
Marc Gillinov, médico, autor de Heart 411: The Only Guide to Heart Health You’ll Ever Need [«Coração o único guia para a saúde do seu coração de que alguma vez precisará»]

Errar é humano
17. «O cansaço e a impaciência contribuíram, sem dúvida, para alguns dos erros que cometi na sala de operações. Mas, a menos que pergunte, o seu cirurgião não lhe vai dizer que esteve a pé toda a noite antes da sua operação e que pode não estar no auge da forma.»
Paul Ruggieri, médico
 
18. «Os erros são provavelmente mais comuns do que imagina, mas a maior parte deles, na realidade, não tem efeitos práticos nas pessoas. Trabalho com residentes e não os deixo fazer nada que eu não consiga corrigir, se eles fizerem asneira. Se eu tiver corrigido um erro acerca do qual eu tenha a certeza absoluta de que não vai ter efeitos na vida do paciente, não digo nada. A ansiedade do doente não levaria a lugar nenhum.»
Cirurgião ortopédico

O nosso lado mais doce
19. «De todas as vezes que um doente morre, penso na família, no funeral, nos filhos. Uma vez operei um homem que tinha tido complicações sérias e que morreu na mesa de operações. Tinha mulher e dois filhos. Quando saí para lhes dar a notícia, as crianças estavam aos gritos: “Mamã, mamã, quero o papá!” Foi muito duro. Mesmo que nos apresentemos como muito fortes, somos vulneráveis a depressões e a outros problemas. Somos humanos!»
Cirurgião, Florida

 
20. «O pequeno cartão de agradecimento que lhe levou 15 segundos a escrever? Tem significado. As cartas são um bom lembrete de como a profissão é importante e de como as pessoas se confiam inteiramente a nós. Guardo-os todos.»
Marc Gillinov, médico

 
21. «Os doentes pensam que nós estamos tão absorvidos pelo nosso serviço que não nos importamos. Mas isso não é verdade. Nós preocupamo-nos e muito. Os que são religiosos, rezam pelos doentes. Nas vésperas de uma cirurgia, eu e a minha família rezamos sempre pelos meus doentes.»
Kathy Magliato, médica
 
In: Selecções do Reader’s Digest

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