sexta-feira, 17 de maio de 2013

A MORTE DE JOÃO PINTOR


Zé: Bença padre.

Padre: Deus o abençoe meu filho.

Zé: Padre, o Sr. lembra do João pintor?

Padre: É claro meu filho.

Zé: Pois é padre, o João veio a falecer.

Padre: Que pena, morreu de quê?

Zé: Moro numa rua sem saída e minha casa é a última. Ele desceu com o carro e bateu no muro de casa.

Padre: Coitado, morreu de acidente.

Zé: Não, ele bateu com o carro e voou pela janela. Caiu dentro do meu quarto e bateu a cabeça no meu guarda roupa de madeira.

Padre: Que pena, morreu de traumatismo craniano.

Zé: Não padre, ele tentou se levantar pegando na maçaneta da porta que se soltou e ele rolou escada abaixo.

Padre: Coitado, morreu de fraturas múltiplas.

Zé: Não padre, depois de rolar a escada ele bateu na geladeira, que

caiu em cima dele.

Padre: Que tragédia, morreu esmagado.

Zé: Não, ele tentou se levantar e bateu as costas no fogão, a sopa que estava fervendo caiu em cima dele.

Padre: Coitado, morreu desfigurado.

Zé: Não padre, no desespero saiu correndo, tropeçou no cachorro e foi direto na caixa de força.

Padre: Que pena, morreu eletrocutado.

Zé: Não padre, morreu depois de eu dar dois tiros nele.

Padre: Filho, você matou o João?

Ze: Uai, o cara tava destruindo minha casa...

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